Secima abre chamada para seleção de projetos voltados ao território quilombola
O Estado de Goiás, através da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) e do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema), torna público o Edital de Chamamento Público visando a seleção de organizações da sociedade civil conforme Lei Federal Nº 13.019 de 31 de julho de 2014, para apresentarem projetos que visem o desenvolvimento econômico sustentável em territórios quilombolas no estado de Goiás.
Está em Goiás o maior quilombo em extensão territorial do Brasil, com cerca de quatro mil pessoas abrigadas, em 253 mil hectares de cerrado. O estado possui 47 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, sendo os Kalungas os maiores representantes, localizados ao norte da Chapada dos Veadeiros.
A área ocupada pelos Kalungas é reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Hoje, essas comunidades atuam na preservação e conservação da área.
O estado do Goiás é composto por 94% de cerrado. Entretanto o sul apresenta um quadro adiantado de degradação, enquanto o norte possui grandes extensões de áreas preservadas. A região nordeste do estado abriga a microrregião Chapada dos Veadeiros, conhecida por seu alto grau de endemismos e biodiversidade e por isso considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma região de fundamental importância para a preservação do cerrado (LIMA, 2013).
Sabe-se que os quilombos são uma comunidade negra, em situação rural, que mantém uma profunda relação com a terra, sendo que sua sobrevivência advém do cultivo de mandioca e milho, da criação de gado, do extrativismo de espécies nativas da região, de uma grande variedade de frutas e verduras, além do turismo local e das festas religiosas. Ao buscarem novas formas de se adequarem ao mundo moderno, as comunidades quilombolas consultam seu passado e projetam seu futuro, criando um diálogo saudável entre tradição e modernidade.
As comunidades quilombolas dependiam da natureza para sobreviver. Hoje, é a natureza que também passou a depender deles para sua preservação. E isto se deve à maneira como eles souberam organizar a vida da comunidade. Desta forma, esta chamada pública visa recuperar, conservar e proteger as áreas das comunidades quilombolas, assim como fomentar o desenvolvimento econômico sustentável dos remanescentes quilombolas localizados no Estado de Goiás.
Acesse o link e veja o edital para seleção de projetos voltados aos territórios quilombolas.
Fonte: Secima
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