FGM se reúne com Superintendência Estadual dos Correios contra fechamento de Bancos Postais nos municípios

Preocupada com o fechamento do Banco Postal em mais 110 municípios goianos, a FGM participou nesta quinta-feira (24/08), de reunião juntamente com prefeitos e representantes municipais, com o Superintendente Estadual da ECT em Goiás, Adiel Macedo. O objetivo da reunião foi de discutir sobre a desativação do serviço que impacta somente na prestação de serviços do Banco Postal (serviço bancário), e as causas desta medida aos municípios e a possibilidade de revertê-la.
A preocupação da Federação e dos prefeitos é que em muitos municípios, principalmente os menores, há apenas o Banco Postal para atendimento a população, como recurso bancário. Para o presidente, Haroldo Naves, o fechamento do Banco Postal nessa quantidade de municípios, acarretará grandes problemas como prejuízos econômicos as cidades e a região, além da dificuldade da população em ter que buscar o serviço em outras localidades. “Vamos trabalhar e mobilizar o mais rápido nossos deputados, senadores e demais parceiros para buscar apoio junto ao governo estadual, para que possamos reverter essa situação junto ao Ministério das Comunicações se necessário, é uma situação social que afeta diretamente a população”.
Presente na reunião o prefeito de Vila Propicio, Cirlei Araújo, ressaltou que o fechamento dos bancos postais, irá complicar a vida dos cidadãos, que terão que buscar o serviço em outras localidades, como na realização de saques, pagamento de contas e demais transações. Fora o prejuízo aos municípios como a perda na geração de receitas, que acabará que o dinheiro irá se movimentar somente no município que disponibilizar o serviço, fazendo com que haja queda na arrecadação do ICMS e em demais formas de recolhimento municipal.
É importante destacar que essa mudança altera somente o serviço bancário, o trabalho postal continuará. Segundo os Correios, essa medida se dá em virtude ao corte de gastos de orçamento, devido à necessidade da implementação de medidas de segurança as agências que prestam o serviço bancário.
Segundo o Superintendente Estadual dos Correios, Adiel Macedo, todas essas medidas que estão sendo tomadas se dão em decorrência de decisão do judiciário de ter a obrigatoriedade no Estado de Goiás, da necessidade de vigilantes nas agências que prestam o serviço de Banco Postal. Para Macedo, é preciso que as entidades municipalistas e os prefeitos busquem os seguintes caminhos, que seria de sensibilizar o governo estadual, e os parlamenteares goianos para buscar que a situação seja revertida junto ao Ministério das Comunicações ou sensibilizar o judiciário, para que derrube a liminar que exige a necessidade do vigilante. “A superintendência estadual quer ajudar os municípios e não acarretar nenhum tipo de prejuízo a sociedade que precisa do serviço de banco postal, mas é preciso se mobilizar para que isso não ocorra” conclui o superintendente.
Em nota encaminhada as prefeituras a Superintendência Regional, informou que, “… os correios se viram obrigados a providenciar a contratação de vigilantes em todas as agências onde funcione o Banco Postal no Estado de Goiás. A implantação dessa medida praticamente inviabiliza a manutenção dos serviços de correspondente bancário no Estado, uma vez que desequilibra a aplicação dos recursos. Tal desiquilíbrio gera um aumento de custos que é incompatível com as receitas advindas da prestação desse serviço, e principalmente, com a atual situação financeira dos Correios”.
Prefeitos que participaram da reunião: Vila Propício, Cirlei Araújo – Morro Agudo de Goiás, Anatair Antônio – Itarumã, Ricardo Francisco – Marzagão, Claudinei Rabelo – Britânia, Marconni Pimenta e representantes dos municípios de Edealina e Aparecida do Rio Doce.
 
 
 
 
 
 
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