Arrecadação dos municípios goianos terá queda de mais de 25%

 

A greve dos caminhoneiros tem contribuído para gerar ambiente de incerteza e afeta negativamente uma economia cuja recuperação já era lenta. Apesar da indefinição sobre os rumos da greve dos caminhoneiros, já é possível vislumbrar impactos de longo prazo que os dias de paralisação poderão ter na economia do Brasil.
A FGM alerta a todos os gestores municipais sobre a situação econômica e fiscal, que a cada dia tende a se agravar mais, e como consequências, a falta de abastecimento de gêneros de primeira necessidade como alimentos, remédios e combustíveis, estão levando a sociedade a um estado de quase calamidade.
Neste nono dia de greve o Estado de Goiás vem sofrendo consequências em vários setores, como, postos sem combustível, transporte coletivo paralisado por falta de diesel, supermercados desabastecidos e suspensão de aulas nas escolas.
Em Goiás, segundo pesquisa realizada pela FGM, a maioria das prefeituras assinaram o decreto de paralisação, determinaram estado de emergência. Segundo os gestores as medidas estão sendo tomadas para tentar minimizar ao máximo o impacto a população com os serviços básicos.
Segundo grande parte dos gestores as prefeituras estão monitorando a todo instante as condições de cada secretaria, priorizando os serviços essenciais: saúde, educação, segurança e coleta de lixo.
Se persistir a greve, os impactos na arrecadação de impostos como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que recebemos do Estado e ISS ( Imposto sobre Serviços)  por conta da diminuição da atividade econômica tendem a cair e certamente vamos sentir os reflexos da diminuição da arrecadação.
Estudos apontam que em nove dias de paralisação Goiás teve queda de mais 25% em atividades econômicas, e, com isso, o recurso do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) também poderá sofrer queda nos próximos decêndios, que gerará forte impacto nas contas públicas.
Segundo o presidente, Haroldo Naves, a paralisação das prefeituras tem sido para conseguir manter alguns serviços essenciais. O gestor pondera que mesmo com a normalização nos próximos dias, as consequências serão sentidas nos próximos meses. “Bilhões deixaram de circular na economia brasileira. Nos municípios goianos, sendo que a maioria dos 246 é de pequeno porte, a situação tende a se agravar devido que praticamente todos têm como principal movimentação econômica o comércio e a prestação de serviços. As consequências serão sentidas na arrecadação de impostos, como o ICMS, e nos cortes de gastos pontuais, para que possa ser mantido o básico. O impacto será drástico, como na dificuldade de conseguir pagar a folha de pagamento” frisa o presidente.