Goiás defende ação conjunta para proteção das águas do Cerrado


Um dia após a publicação do decreto que estabelece um controle maior sobre os usos dos recursos hídricos nas bacias do Rio Meia Ponte e do Ribeirão João Leite, o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Hwaskar Fagundes, esteve no Ministério do Meio Ambiente para discutir ações de proteção das águas do Cerrado.
Para o secretário, os esforços estão voltados para a manutenção da capacidade de abastecimento da população na Região Metropolitana de Goiânia e demais municípios que dependem do Meia Ponte, manancial que há quatro anos tem sofrido com baixos índices de chuvas, o que compromete o uso de suas águas.
“Este ano, antecipamos a publicação do decreto de emergência e já estamos trabalhando de forma intensa para evitar que falte água na Região Metropolitana de Goiânia”, disse Hwaskar Fagundes. “O objetivo é justamente planejar de forma preventiva para garantir o abastecimento”, completou
Conhecido como o berço das águas, o Cerrado começa a sofrer escassez hídrica em algumas regiões. Hwaskar Fagundes se reuniu com o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, e defendeu uma ação conjunta voltada para a preservação dos recursos hídricos em Goiás.
“É preocupante a situação enfrentada em algumas bacias”, avaliou Edson Duarte. O secretário nacional fez uma explanação sobre as políticas públicas desenvolvidas pelo ministério, salientando recente decisão de converter multas aplicadas pelo Ibama, em trâmite administrativo, em pagamentos por serviços ambientais. “Pedimos um levantamento sobre as multas aplicadas. Estamos analisando a possibilidade de aplicação dos recursos da conversão prioritariamente em projetos nos municípios onde ocorreram as autuações”, disse.
A3P
A reunião marcou a assinatura do termo de adesão de Goiás, por meio da Secima, ao programa Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P). O secretário nacional destacou a atuação da pasta voltada para a busca de sustentabilidade no funcionamento de órgãos públicas nas esferas estadual, municipal e federal. O programa já conta com a adesão de 340 instituições.
Pelo termo, as instituições e seus funcionários são incentivados a adotar ações sustentáveis no ambiente de trabalho. As mudanças vão desde o uso racional dos recursos naturais e bens públicos, gestão adequada dos resíduos gerados, sensibilização e capacitação até a adoção de processos de licitações sustentáveis.
Edson Duarte falou, ainda, das ações nas áreas de educação ambiental e produção e consumo sustentáveis. Para ele, a capacitação de gestores, multiplicadores e educadores ambientais vem sendo compartilhada com os municípios de forma a agilizar a gestão ambiental local. “Estamos mais próximos, melhorando as articulações para o desenvolvimentos de projetos”, salientou.
Fonte: Secima