Goiás é o primeiro estado do Brasil a mobilizar a cadeia solar fotovoltaica



Reconhecido pelo Sebrae Nacional como o primeiro programa estruturado do país a mobilizar a cadeia solar fotovoltaica, o Programa Goiás Solar, desenvolvido e coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima), evidencia a preocupação do Governo de Goiás com o desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade, de forma a valorizar recursos naturais renováveis estratégicos, e amplamente disponíveis no território goiano, como a luz solar.
Lançado em fevereiro deste ano, o Goiás Solar busca estimular e apoiar iniciativas diversas, nos setores público e privado, no uso eficiente da energia solar, de forma a complementar as demais fontes que compõem a matriz energética do Estado de Goiás e a impactar cada vez menos o meio ambiente.
Além de maior segurança energética para o Estado ampliando as possibilidades de fontes de energia utilizadas, o programa visa a consequente diversificação no atendimento à população e às empresas e indústrias, tanto em áreas rurais quanto em áreas urbanas, contribuindo diretamente para melhoria na qualidade de vida dos goianos.
Além de possibilitar uma conta de energia mais barata, a energia solar fotovoltaica não polui o meio ambiente durante seu uso e requer baixo custo de manutenção. Ela também constitui uma solução viável para locais distantes dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a procura por energia nesses locais e, consequentemente, evita a perda de energia que ocorreria durante a transmissão.
Linhas de crédito facilitadas 
O financiamento para a compra, instalação e montagem de equipamentos para a geração de energia solar é uma das formas de apoio do Governo de Goiás a empresas que utilizam ou pretendem utilizar fontes solares fotovoltaicas de energia. A Goiás Fomento possui linhas de crédito destinadas a empresas que utilizam essas fontes. Uma delas, a linha Crédito Produtivo Energia Solar, disponibiliza até R$ 50 mil com juros de 0,8% ao mês. Já a recém-criada Goiás Fomento Eficiência Energética empresta até R$ 200 mil, com juros de 1,91% ao mês, com prazo de até 60 meses para pagamento.
A realização de reuniões executivas mensais com grupos de empresários do setor solar fotovoltaico e a articulação junto a instituições financeiras, públicas e privadas, para o fomento de linhas de crédito também integram a agenda positiva que perfaz o apoio do Estado a essa cadeia produtiva.
Outras ações de incentivos executadas pelo Governo de Goiás
A elaboração da Portaria 036/2017, que estabelece procedimentos mais céleres e mais simples para a liberação e emissão do licenciamento ambiental, para empreendimentos que geram energia elétrica a partir de usinas fotovoltaicas, também constitui um exemplo sólido de ação que mobiliza a cadeia solar fotovoltaica no Estado, conforme explica a superintendente de Energia, Telecomunicações e Infraestrutura da Secima, Danúsia Arantes.
O caso da Fazenda Solar Cedro (exemplificado abaixo) pode ser citado como um modelo do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Secima. “Para que esse serviço fosse instalado na propriedade, o Governo de Goiás, por meio da Secima, concedeu a este empreendimento privado a primeira Licença Ambiental Simplificada (LAS) para empreendimentos de energia solar fotovoltaica remota em Goiás”, explica Danúsia Arantes. A entrega solene da licença concedida à Solar Cedro foi realizada em maio deste ano.
Ainda segundo a superintendente a Secima atua veementemente junto às concessionárias de distribuição de energia elétrica, no sentido de reduzir gargalos burocráticos e regulatórios, enfrentados pelos novos empreendedores que buscam fontes alternativas de energia, e que acabam dificultando a implantação do sistema.
Expectativa de economia entre 15% e 25% na fatura de energia elétrica ao longo de dez anos. Foto: Divulgação Solar Cedro.
Case de sucesso
Um exemplo desse apoio foi conferido de perto nodia dia 20 de outubro, em São Luís de Montes Belos. Naquele município, que fica a cerca de 20 quilômetros da capital, foi inaugurado, na fazenda Solar Cedro, o serviço de arrendamento de sistemas fotovoltaicos para produção de energia solar remota. (A energia produzida lá reduzirá custos na conta de energia para a empresa Compleite, em Morrinhos, e atenderá a múltiplas unidades consumidoras no Estado de Goiás).
A Compleite, visando economia de energia, solicitou à Solar Cedro a instalação da usina, esta produzirá energia elétrica e a enviará, em forma de créditos, para a concessionária de energia Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel/Celg Distribuição) que fará o abatimento na conta de energia da Compleite.
Aumento na produção
O insumo de energia solar fotovoltaica produzido na Solar Cedro será suficiente para suprir 10 unidades consumidoras da Compleite. A estrutura é composta de 832 painéis solares policristalinos, com 262 quilowatts pico (kWp) de potência instalada em 4,5 mil m2 de área ocupada. A expectativa é que o sistema gere uma economia entre 15% e 25% na fatura de energia elétrica ao longo de dez anos.
Energia Limpa
A capacidade total da fazenda solar será 504 mil quilowatts hora (kWh) de energia limpa por ano, o suficiente para atender cerca de 220 residências, a um custo médio de R$ 150 mensais na conta de energia elétrica. A geração é equivalente a aproximadamente 400 toneladas de CO2 a menos na atmosfera que seriam lançados se a produção de energia viesse de termelétricas movidas a óleo combustível.
“A geração de energia solar é uma tendência mundial e nós, no Brasil, somos privilegiados por contar com clima tropical o ano todo. Mesmo em período de retração econômica, a demanda energética cresceu só com o aumento vegetativo da população e vamos precisar do equivalente a mais três usinas de Itaipu nos próximos dez anos. É preciso investir em outras alternativas”, diz o engenheiro elétrico Rodrigo Arruda, diretor da Solar Cedro, empresa responsável pela implantação e administração da fazenda solar.
Fonte: Goiás Total