Goiás Turismo revela impactos da pandemia nos empregos do setor

O XXX Boletim Especial, divulgado pelo Observatório da Goiás Turismo, traz dados sobre os impactos da pandemia nos empregos do setor. Segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados pelo Grupo de Pesquisa em Economia do Turismo, vinculado à Universidade de São Paulo, o Turismo perdeu 384 mil postos de trabalho formais no país nos primeiros 8 meses do ano de 2020, número que corresponde a 45% do total de vagas fechadas na economia brasileira até agosto de 2020. Isso mostra que o setor responde por quase metade da perda total de empregos da economia brasileira, mesmo respondendo por apenas 4% das vagas com carteira assinada existentes no país.
O estudo indica que as perdas nas Atividades Características do Turismo (ACTs) atingiu 19% do total de postos de trabalho no setor. A redução percentual foi mais de dez vezes superior à da economia como um todo, que chegou a 1,8% do total de carteiras assinadas. Os serviços de alimentação foram os mais atingidos em termos absolutos, com perda de 236 mil postos formais de trabalho. Em termos relativos, a atividade mais impactada foi a de agenciamento de viagens. As 20 mil vagas fechadas em agências e operadoras representam 29% do total de empregos formais que existiam no segmento no começo do ano.
Já o estado de Goiás perdeu 9.514 postos formais de trabalho no turismo, de janeiro a agosto de 2020, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. As perdas foram de 4.546 empregos nos serviços de alimentação, 2.927 no setor de alojamento, 1.115 no setor de transporte rodoviário, 383 no setor de agências e operadoras, 293 nas atividades desportivas e recreativas, 222 nas atividades culturais, 33 no transporte aéreo e 25 empregos no setor de aluguel de automóveis .
O importante observar  nesse momento de pandemia, os dados que possibilitam a avaliação da socioeconômica do setor, promovendo diagnósticos sobre o desempenho das Atividades Características do Turismo, pois trata-se do conjunto de atividades no qual se concentra a maior parte dos gastos dos turistas.
José Cunha destaca que os municípios foram bastante atingidos com a não realização de eventos turísticos. “Temos algumas cidades em que a atividade turística era a principal fonte de receitas, mas com a competência dos atuais gestores municipais, esses municípios conseguiram atravessar esse momento difícil”.
Fonte: FGM com dados da GT.