MEC realiza pesquisa com professores sobre alfabetização infantil

O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram, na manhã da última quarta-feira (22/03), a realização de uma pesquisa para estabelecer uma política nacional de alfabetização de crianças. O objetivo é determinar o nível de conhecimento e habilidades que um estudante deve ter ao final do segundo ano do ensino fundamental, além de entender como essa alfabetização ocorre em cada realidade e compatibilizar os padrões.

Além disso, o estudo escutará professores alfabetizadores para compreender os conhecimentos e as habilidades de uma criança alfabetizada, além de subsidiar, com parâmetros técnicos claros, o planejamento e a execução de uma política nacional de alfabetização.

A apresentação da metodologia da pesquisa ocorreu durante o encontro “Alfabetiza Brasil: diretrizes para uma política nacional de alfabetização”, que reuniu, no MEC, representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), entidades educacionais e professores alfabetizadores.

A primeira etapa do “Alfabetiza Brasil” será feita com alfabetizadores de todas as unidades da federação. Ao todo, 341 professores de 291 municípios se reunirão para coletar informações sobre os conhecimentos e habilidades que crianças devem ter ao final do segundo ano do ensino fundamental. O encontro de professores deve acontecer entre 15 a 23 de abril em cinco capitais sede, uma por região do Brasil.

Após a coleta de informações, os resultados serão analisados e servirão de subsídio para a o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A previsão é que os resultados da pesquisa sejam entregues em maio.

A aplicação da pesquisa será concentrada em cinco capitais-sede, sendo uma por região: Belém (PA); Recife (PE); Brasília (DF); São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

Serão avaliadas domínio das convenções gráficas, conhecimento do alfabeto, decodificação de palavras e textos, fluência e rapidez na leitura, produção textual com autonomia, apropriação da língua portuguesa.

A primeira etapa ocorrerá com os professores alfabetizadores que estão na sala de aula e trabalham diretamente com as crianças. Nesse momento, o estudo contará com o apoio da Universidade de Brasília (UnB) e utilizará o método Angoff, que consiste no julgamento do nível de dificuldade dos itens que compõem a avaliação, por um grupo de especialistas.

Na sequência, os resultados serão analisados junto a outras evidências derivadas dos testes de língua portuguesa do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) aplicados no 2º ano do ensino fundamental (parâmetros psicométricos dos itens, matriz e escala da avaliação), em painel de especialistas que indicarão a linha de corte nacional para a alfabetização na idade certa.

 

COMUNICAÇÃO FGM