Prefeitos protestam em frente Congresso Nacional devido à crise nos municípios
Desde terça-feira (21), vários prefeitos e prefeitas goianos participam da Mobilização Municipalista em Brasília. “Não tem jeito, tem que ajudar os prefeitos”, esta foi à palavra de ordem que acompanhou os cerca de mil prefeitos de todo o país que deixaram as salas do Senado Federal para se concentrarem e manifestarem suas demandas de frente ao Congresso Nacional, nos gramados da Praça das Bandeiras. Em seu segundo dia de ações a manifestação, que ocorreu na manhã de quarta-feira, 22 de novembro, faz parte da Mobilização Municipalista em Brasília, capitaneado pela Confederação Nacional de Municípios.
A mobilização compõe a campanha “Não Deixem Os Municípios Afundarem”, e para ilustrar a realidade municipal, o movimento municipalista alocou um barco inflável no mesmo gramado. E os prefeitos fincam no mesmo chão um barco de papel, em ato simbólico à grave crise que enfrentam que deixa as finanças municipais prestes a naufragarem.
“A nossa situação está representada naquele barco. Não podemos deixar os municípios afundarem”, disse Paulo Ziulkoski presidente da CNM, do alto do carro de som, ao lembrar os gestores dos motivos para a grande mobilização em Brasília.
Em seguida, falou aos prefeitos para que se mantenham unidos para mostrar às autoridades a crítica situação dos Municípios. “Se tem uma crise no Brasil, ela não foi feita pelos Municípios”, frisou o líder do movimento.
O presidente da FGM, Haroldo Naves, presente em todas as ações da mobilização destacou a necessidade da união das entidades que representam os municípios e da participação dos gestores na luta. Segundo ele, o enfraquecimento financeiro dos municípios colocam os prefeitos numa situação de penúria e traz graves problemas para a população. Diante da crise, as prefeituras goianas estão sem poder honrar com os compromissos e fazer investimentos nos municípios.
O gestor ainda relembrou os problemas causados com repasses insuficientes para execução de programas federais municipalizados. “O subfinanciamento gera problemas ao municipalismo brasileiro e precisamos romper isso”, disse ele.
Diversos parlamentares municipalistas compareceram à manifestação e fizeram uso da palavra, quando se comprometeram com a pauta do movimento e confirmaram o as ações em prol da derrubada do veto ao Encontro de Contas. “É assim que vocês fazem as coisas acontecerem. Nós temos um acordo para a derrubada do veto hoje”, contou o senador Wilder Morais.
A principal reivindicação do Movimento é conseguir o Apoio Financeiro aos Municípios (AFM) de R$ 4 bilhões – para auxiliar no fechamento das contas deste ano.
Fonte: FGM com dados da CNM
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