Setembro Amarelo chama atenção para importância de prevenção do suicídio

O nono mês do ano chegou, e junto com ele a Campanha Setembro Amarelo que chama atenção para a importância da prevenção do suicídio. Divulgamos a iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e alerta para a importância de iniciativas, que pode ser evitada em 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma iniciativa da International Association for Suicide Prevention, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio ­será memorado em 10 de setembro. A data foi escolhida para promoção de diversas ações, com objetivo de abrir espaço para debater sobre suicídio e para alertar a população sobre a importância do diálogo e da prevenção. No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado entre jovens. Diariamente, pelo menos 30 casos são registrados por dia.
Anualmente, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida, o que representa 1,4% de todas as mortes do mundo. Os números são da OMS, e indicam um cenário ainda mais grave: para cada suicídio ocorrem 20 tentativas. Depois da violência, o suicídio é o fator que mais mata jovens entre 15 e 29 anos. Segundo a ABP, 97% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, como depressão, que representa 37%; bipolaridade, uso de substâncias psicoativas, com 23% do total; esquizofrenia e ansiedade, que comtempla 11%; entre outros.
Tratamento
O diretor e superintendente técnico da ABP e coordenador nacional da Campanha Setembro Amarelo no Brasil, Antônio Geraldo da Silva, esclarece que essas doenças ficam mais prevalentes, quando as pessoas não procuram ajuda e tratamento adequado. Em entrevista à Agência Brasil, ele sinalizou que o índice de suicídio entre os jovens cresceu muito, porque nós temos hoje um consumo muito maior em relação ao uso de drogas, de álcool, de substâncias psicoativas de uma maneira geral.
“Isso levou a um desencadeamento maior de quadros psiquiátricos nos jovens, supressão do sono, pressão muito alta, ansiedade por resultado e performance. Isso fez com que os jovens ficassem mais sujeitos ao adoecimento”, explicou Silva. Dentre as abordagens de prevenção, falar sobre o assunto representa uma alternativa. Dialogar com mais naturalidade sobre as imperfeições, frustrações e saúde mental sem mitos, estigmatizações e preconceitos e crie ambientes que possam incorporar e aproximar as pessoas que têm passado por dificuldades emocionais ou psíquicas.
Municipalismo
Entidades municipalistas como a FGM e a CNM apoiam e incentivam que ações preventivas são fundamentais e podem reduzir os alarmantes casos, inclusive entre os jovens, conforme mostrado pela entidade de saúde. É recomendado que os gestores municipais tratem do assunto, uma vez que estão mais próximos da população, por meio de políticas públicas que valorizem a vida e incentivem ao diálogo.
A entidade reforça que as iniciativas municipais devem ser promovidas no âmbito da saúde mental. Para indicar alternativas aos gestores locais, a CNM publicou o Livro Saúde Mental da Atenção Primária: Gestão dos Serviços Municipais, que está disponível na Biblioteca on-line da entidade.
Fonte: CNM