Webseminário discute o retorno das aulas presenciais na rede municipal de Goiás


Ocorrido no último dia 11/11, ás 15h, o Webseminário: Retorno às aulas presenciais na rede municipal de Goiás: desafios e oportunidades, foi realizado pelo Gabinete de Articulação para Enfrentamento da Pandemia na Educação Pública em Goiás (Gaepe-GO), que com o apoio da Federação Goiana de Municípios (FGM) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Instituto Articule e Associação Goiana de Municípios (AGM), debateu o tema tão importante para os estudantes e famílias de Goiás.

O evento virtual foi destinados aos secretários e prefeitos dos municípios que ainda não retornaram às aulas presenciais. O presidente da FGM, Haroldo Naves, destacou que esse é um momento importante: “sabendo que temos a questão do Ideb, dentre outras, além de estarmos em final de pandemia. Vejo esse momento como importante. Cada município teve as suas dificuldades e particularidades esse ano, e muitos deles por um motivo ou outro não podem voltar às aulas e a gente respeita a opinião”, destaca Haroldo Naves.

Necessidade de retorno as aulas presenciais

Para o presidente da Undime Goiás, secretário municipal de Rio Verde, Miguel Rodrigues, esse é o momento da retomada presencial nas escolas. “Precisamos entender, conforme o presidente da FGM, Haroldo Naves disse, que todos tem seu entender e suas dificuldades sobre a pandemia, para que a gente entenda também os motivos do município que ainda não retomou para que as aulas retornem o mais rápido possível”, disse.

Miguel Rodrigues destacou ainda que “a educação é cíclica, então é importante que a gente se mobilize para que nenhuma criança continue em casa e para que retome e se sente no banco da escola presencialmente. Temos que lembrar que a educação faz parte do movimento assistencialista, já que muitas crianças não tem com quem ficar, outras passam dificuldades na alimentação. Aprendemos a conviver com a pandemia e sabemos que o ambiente escolar está sendo o mais seguro”, finalizou Miguel Rodrigues.

Ouvindo os representantes municipais

Segundo o procurador geral do Ministério Público, José Gustavo Ataíde, a discussão é satisfatória. “Esse grupo já completa mais de um ano e já discutiu compras compartilhadas de equipamentos de proteção individual, conectividade dos alunos, vacina dos profissionais da educação, transporte escolar, protocolo de retorno e hoje estamos discutindo a imprescindibilidade do retorno às aulas. Pretendemos que essa instância seja um espaço para o diálogo e para que possamos conhecer o problema que cada prefeito e secretário enfrenta”, enfatizou o procurador.

O Conselheiro do instituto Articule, Ismar Cruz, destacou que “ouvir os representantes municipais, suas dúvidas e maneiras de superar ou de litigar os riscos em prol da educação e dos nossos jovens e crianças é o objetivo do websseminário”. Ele enfatiza ainda que “o propósito é ouvir as dificuldades dos municípios ao retorno das aulas presenciais para discutirmos o apoio aos que decidiram por voltar às aulas”.

Retorno às Aulas presenciais: desafios e oportunidades

Ismar Cruz também ministrou o Webseminário Retorno às Aulas presenciais: desafios e oportunidades. “A educação é um dos mais atingidos pela pandemia e tentamos superar da forma mais fácil possível esse desafio. Na área de educação apontam que mais de 5 milhões de criança do país ficaram sem acesso à educação. É verdade que foi feito um grande esforço para aulas pela internet e distribuição de material didático, mas mesmo assim o Brasil é o campeão de afastamento escolar no mundo. Calcula-se que regredimos 20 anos do trabalho de resgate de crianças ao ambiente escolar”, apontou.

E para solucionar as dificuldades novas alternativas foram pensadas e propostas. “O maior desafio da volta às aulas presenciais é de que cerca de 40% das redes municipais ainda não possuem protocolos sanitários no Brasil. Foi pensado uma nova tecnologia social para o enfrentamento dos desafios da educação”, destaca Ismar Cruz.

O MEC publicou a portaria nº 544, de 16 de junho de 2020, orientando a substituição de aulas presenciais por aulas em meios digitais, enquanto durar a situação da pandemia por conta do novo coronavírus (COVID-19).  Já em junho de 2020, o Ministério da Saúde publicou o “Protocolo de Biossegurança para o retorno das atividades nas instituições federais no ensino.

Pontos fundamentais para o retorno seguro das aulas

Já em setembro de 2021, foi publicada a Nota Técnica nº 09/2021 – GAB 03076 da Secretaria e Estado da Saúde, com orientações quanto a retomada das aulas presenciais nas instituições de ensino do estado de Goiás.

Adriana Gomes Pereira, coordenadora estadual de Segurança do Paciente e Controle de Infecção da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás – SES, trouxe esses e outros dados, além de destacar pontos fundamentais para o retorno seguro das aulas: “é necessário qualificar e capacitar para garantir que as informações de biossegurança chegue de forma clara e segura. Também disponibilizar os insumos necessários para a higienização dos alunos, professores e trabalhadores e prover condições para higiene simples das mãos como lavatório, pias com dispensador, papel toalha e lixeira com pedal e tampa”, explicou.

Para conferir o webseminário na integra clique aqui. 

FGM